Novo presidente da Caixa inicia transição
Anunciado como novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes começa nesta semana o processo de transição para assumir o comando do banco público. Um dos primeiros compromissos de Carlos Vieira foi uma reunião na segunda-feira (30), com o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, Marcos Brasiliano Rosa. Até então, o novo presidente do banco planejava uma conversa com Rita Serrano, sua antecessora no cargo. O encontro, porém, foi desmarcado após ela ser exonerada nesta segunda, registra o Metrópoles.
Após a saída antecipada de Rita do comando da Caixa, Carlos Vieira disse a interlocutores que espera ser oficialmente nomeado como novo presidente do banco até a próxima semana.
Rita Serrano só deixará a Caixa em meados de novembro
Anunciada pelo Palácio do Planalto, a troca na presidência da Caixa Econômica Federal só deverá ser efetivada em meados de novembro deste ano. Segundo fontes do banco e do governo, a previsão é de que Rita Serrano deixe o comando da Caixa somente após a divulgação do balanço trimestral da instituição, marcada para 14 de novembro.
A espera pelo balanço teria sido um pedido da própria presidente demissionária da Caixa, que deseja concluir sua passagem pelo banco público com a divulgação de números de sua gestão.
No Planalto, ministros admitem que a troca no comando da Caixa, ainda não publicada no Diário Oficial da União até agora, só foi anunciada na quarta para destravar a votação da pauta econômica na Câmara.
Isso porque o substituto de Rita, Carlos Vieira Fernandes, foi indicado ao cargo pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que pressionava o governo desde julho pela mudança no comando do banco.
Vice-presidência de Habitação deve ser mantida no cargo
O acordo de substituição do comando da Caixa Econômica Federal para atender o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), envolve as vice-presidências do banco, mas em ao menos uma ninguém deve mexer: a de Habitação, registra O Bastidor.
Ocupa hoje o cargo a ex-ministra Inês Magalhães, uma petista que recebeu o apoio, para ocupar a posição, para além do PT, do MDB, que controla também o Ministério das Cidades, com o ministro Jader Filho. Por conta da boa interlocução, os emedebistas têm influência, pela diretoria sobre os recursos do Minhas Casa Minha Vida, embora o programa esteja sob a tutela do Desenvolvimento Social, do PT.
A articulação do governo avisou que ninguém mexe com Inês, apesar de se já prevê pressão por parte do PP de Lira. Mas, diz uma auxiliar de Lula, “cada dia com sua agonia”. Por enquanto, a Habitação da Caixa fica com o PT e o MDB. Inês chegou a ser brevemente ministra das Cidades na gestão de Dilma Rousseff e controlava o Minha Casa Minha Vida. Tem experiência. E já na época, tinha boa interlocução com o MDB.
Outro que poderá ficar no cargo é o vice-presidente de Governo, Marcelo Bonfim, aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O problema é que estava acordado entre Lira e o centrão que as duas vagas seriam do União Brasil, em indicações que envolvem Antônio Rueda e Fernando Maringoni, dirigentes do partido.