PayBrokers explica sobre contas de apostas para o mercado regulado

Apostas I 21.12.24

Por: Magno José

Compartilhe:
PayBrokers explica sobre contas de apostas para o mercado regulado
“Principal ponto de atenção será o monitoramento contínuo das contas transacionais”, alerta Head de Vendas e Gestão de Contas da PayBrokers

A partir do dia 1º de janeiro de 2025, o mercado de apostas esportivas enfim entra em sua fase regulada no Brasil. Desse momento em diante, uma série de novas diretrizes estará em vigor, garantindo o melhor funcionamento do segmento bem como a proteção aos operadores e jogadores.

Uma das novidades, estabelecidas em portarias anteriores da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, é a obrigatoriedade de três tipos de contas diferentes para as casas de apostas, com regras que buscam assegurar condições para o pagamento dos prêmios aos apostadores.

Somente instituições autorizadas pelo Banco Central, entretanto, poderão oferecer essas contas. A PayBrokers, referência em transações financeiras para o setor iGaming, é uma das empresas aptas a oferecer esse tipo de serviço para os clientes. Leonardo Brodsky, Head de Vendas e Gestão de Contas da companhia, explica sobre as principais mudanças e as novas garantias que essas diretrizes darão ao mercado.

BNLData – Quais são as novas especificações que o mercado regulado exigirá para as contas de apostas?

Leonardo Brodsky – Haverá uma organização tanto das contas operacionais, mantidas pelos provedores de pagamento, quanto das contas dos usuários finais nos sites, que poderão cadastrar até três contas bancárias para depósitos e saques. Já as casas de apostas deverão operar com três tipos de contas distintas: transacional, proprietária e de reserva.

A conta transacional será destinada exclusivamente a depósitos e saques realizados pelos jogadores. A conta proprietária permitirá as movimentações financeiras normais de qualquer empresa, voltadas à operação do dia a dia.

De acordo com as novas diretrizes, o saldo somado de todas as contas transacionais do operador deve ser sempre equivalente ao total dos saldos dos usuários no site. Apenas valores excedentes podem ser transferidos para a conta proprietária. Em caso de déficit, será necessário transferir recursos da conta proprietária para a transacional.

A conta de reserva oferece um nível extra de segurança, assegurando o pagamento aos apostadores em situações de insolvência ou falta de liquidez. Essa conta só pode ser aberta em instituições financeiras específicas e deve conter, obrigatoriamente, R$5 milhões investidos em títulos públicos. Sua movimentação exige autorização prévia, com transferências realizadas primeiro para a conta proprietária e, posteriormente, para a transacional.

Como avalia a complexidade dessas regras para transacionar o dinheiro de uma conta a outra?

Acredito que, no geral, as regras são bastante diretas. Para o operador, é necessário compreender que haverá três contas com funções claras: uma para operações dos clientes finais (transacional), outra para as despesas da empresa (proprietária) e uma conta de reserva para situações emergenciais, com recursos aplicados em títulos públicos.

Com o parceiro certo, essa adaptação torna-se bastante simples. O principal ponto de atenção será o monitoramento contínuo das contas transacionais, garantindo que o saldo esteja sempre equivalente ao total devido aos usuários na plataforma. Outros desafios podem surgir com o tempo, mas esse é o mais relevante no momento.

Quantas contas cada casa de apostas terá de ter?

O número de contas dependerá de alguns fatores. A casa de apostas precisará abrir uma conta transacional com cada um dos provedores de pagamento que utiliza. Por exemplo, nossos clientes terão uma conta transacional com a PayBrokers, mas, caso utilizem outros provedores, precisarão abrir contas transacionais com eles também.

Além disso, o operador pode ter mais de uma conta proprietária, dependendo de sua necessidade. Pode utilizar apenas uma conta, mas há a flexibilidade para operar com quantas desejar, considerando fatores como custos e taxas das instituições de pagamento.

Como enxerga as mudanças no mercado com a regulamentação e como isso reflete na operação da PayBrokers?

As mudanças representam uma transformação significativa para o mercado, que passa a operar sob diretrizes mais rigorosas. Requisitos como segurança nas plataformas, Jogo Responsável, políticas contra lavagem de dinheiro e antifraude deixam de ser diferenciais e passam a ser obrigatórios.

Na PayBrokers, nossa operação também será impactada, com novos serviços e administrações de contas adaptadas às regras do mercado regulado. Nosso objetivo é otimizar os processos, reduzindo custos operacionais para os clientes e garantindo maior controle sobre segurança transacional e saldos.

Como será o relacionamento das operadoras com a PayBrokers a partir do mercado regulado?

Acredito que o relacionamento não só permanecerá, mas se tornará ainda mais próximo. Com tantas mudanças, o mercado vive um verdadeiro recomeço. Esse impacto exige uma adaptação rápida e eficiente, que só é possível com colaboração entre todos os agentes do ecossistema.

Trabalhando em conjunto, o mercado poderá se adaptar mais facilmente, implementar inovações e buscar melhorias constantes para o crescimento do setor.

 

 

Comentar com o Facebook