Presidente de CPI defende novo modelo de apostas esportivas, sem opções de escanteios e cartões

Apostas I 21.06.23

Por: Magno José

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'O intuito é ficar aberta a várias linhas de investigação', diz presidente da CPI das apostas esportivas
Deputado Júlio Arcoverde (PP-PI) exemplifica projeto com formato usado na França, que exclui apostas chamadas de acessórias: “Isso já tira muito da manipulação” (Foto: Divulgação/Partido Progressista)

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das apostas esportivas, o deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI), é a favor de um novo modelo de jogo, sem a opções de “acessórios” do futebol, ou seja, cartões, escanteios, pênaltis e etc. Segundo ele, isso vai diminuir o leque de possibilidades de manipulação de resultados. O deputado utilizou formato utilizado na França para exemplificar sua ideia, revela o ge Globo.

“O modelo adotado na França acho que pode ser adotado no Brasil, com a criação de uma agência reguladora. Lá é proibido apostar em acessórios do futebol, como escanteios, pênaltis, cartão amarelo, lateral, etc”, declarou o presidente da CPI das apostas esportivas.

– Você aposta no resultado do primeiro tempo, do segundo tempo e no resultado final. Acho que isso você já tira muito da manipulação – completou.

De acordo com Júlio Arcoverde, a CPI deve possuir um papel além de atribuir punições, neste caso, a comissão deve propor também projetos de regulamentações e fiscalizações das apostas esportivas no Brasil. O deputado ainda fez questão de citar novamente o modelo francês.

A CPI tem que ser fundada na punição, mas também propositiva. Que paralelo à CPI, a gente possa preparar um projeto de lei para fazer uma regulamentação junto com o Ministério da Fazenda”, afirmou Júlio Arcoverde.

– Posso citar a França, que tem uma agência reguladora de apostas. São várias propostas, estamos estudando o que está acontecendo no mundo, porque não é um problema só do Brasil – concluiu.

CPI da Manipulação no Futebol

A CPI foi instalada depois dos desdobramentos da Operação Penalidade Máxima, de Goiás, que apura denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro.

O colegiado é composto por 34 titulares e 34 suplentes, com nomes ligados ao esporte, como Maurício do Vôlei (PL-MG), ex-jogador da seleção brasileira, e Eduardo Bandeira de Melo (PSB-RJ), presidente do Flamengo entre 2013 e 2018.

 

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