Secretaria do Ministério da Justiça vai notificar 18 bets sobre oferta de bônus para jogar

Apostas I 01.11.24

Por: Magno José

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Wadih Damous, da área de defesa do consumidor, quer que empresas esclareçam quais medidas de segurança adotam para impedir apostas de crianças e adolescentes

A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, vai notificar nesta sexta-feira (1º) 18 bets cobrando esclarecimentos sobre a oferta de bônus para jogadores apostarem e questionando quais medidas as empresas adotam para impedir a participação de crianças e adolescentes, revela a coluna Painel da Folha de São Paulo.

Segundo o secretário do Consumidor, Wadih Damous, a movimentação abre caminho para “jogar mais pesado” com as empresas que pediram autorização ao Ministério da Fazenda para operar. “Estamos pedindo o endereço de 18 bets para o Ministério da Fazenda. Estas vão ser notificadas amanhã [sexta-feira]. O resto nós vamos complementar”, diz.

“A lei proíbe o oferecimento de bonificação. A primeira coisa que eles fazem é oferecer bonificação. Então a gente está notificando”, afirma. “A outra questão é saber que critério de segurança eles estão adotando para que crianças e adolescentes não apostem.”

Damous diz ser contra os jogos de aposta. “Se fosse minha opinião que valesse, seria proibido ter esses jogos de aposta. Tenho ojeriza a isso. Isso acaba com a sociabilidade, gera dependência psíquica como a droga gera, como o álcool gera.”

O secretário cobra restrições e uma regulamentação rigorosa para as apostas online, além de defender que seja proibida a publicidade.

“Eu sinceramente não vejo nada de bom que esses jogos de aposta trazem para o país. ‘Ah, arrecada’. Arrecadação baixíssima de imposto. Aí é lavagem de dinheiro, dependência, superendividamento, e quem aposta é pobre, que vê naquilo uma possibilidade de complementar renda. Rico não aposta”, ressalta.

Damous afirma ainda que as empresas deveriam arcar com custos médicos de apostadores que desenvolverem dependência do jogo. “Isso vai sobrecarregar o SUS [Sistema Único de Saúde]”.

 

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