“Vejo no setor de jogos uma grande oportunidade econômica para a cidade”, diz Eduardo Paes em evento da Associação de Criadores
“Quando falamos do mundo dos jogos eletrônicos, estamos lidando com uma parcela enorme da população brasileira, já que são 70% jogando. Isso é muito importante para o Rio, uma vez que precisamos consolidar a sua posição de cidade global do polo sul. Vejo aqui uma grande oportunidade econômica para a cidade, por ver o potencial das iniciativas apresentadas por vocês. Com essa visão, podem contar com o apoio da prefeitura do Rio”. A afirmação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que marcou presença no seminário “Games: um RIO de oportunidades”, neste sábado (13), da nova Associação de Criadores de Jogos do Estado do Rio de Janeiro (ACJOGOS-RJ), é contextualizada a partir de dados do setor, conforme explica Márcio Filho, presidente da ACJOGOS-RJ.
“Quando o assunto é o setor de jogos eletrônicos, o Rio de Janeiro desponta como uma das grandes metrópoles que movimentam a produção e a economia gamer. O município do Rio de Janeiro concentra cerca de 80% dos estúdios de jogos do estado, totalizando mais de 70 estúdios e movimentando mais de R$ 100 milhões por ano. O crescimento do setor no RJ foi de quase 70% de 2022 para 2023, segundo dados da pesquisa da indústria promovida pela Associação”, destacou Filho.
O evento aconteceu na Arena Gamer, localizada na Nave do Conhecimento Engenhão, no Engenho de Dentro – RJ, com o objetivo de dar protagonismo e visibilidade à cidade como líder no cenário de jogos eletrônicos no país. Ao longo do dia, a programação incluiu dois debates: “O papel do Rio de Janeiro no (novo) Brasil dos Games” e “O RJ pelo RJ: como atuamos localmente para protagonizar o setor no país”. Na sequência, foi realizada a eleição da nova diretoria da ACJOGOS-RJ, resultando na reeleição do atual presidente, Márcio Filho.
“Olhando para o Rio de Janeiro, temos a potencialidade para nos tornarmos a capital mundial dos esportes eletrônicos, sediando o maior número de eventos do setor, por exemplo. Como podemos integrar o setor produtivo local nessa ascensão desse cometa, que são os esportes eletrônicos? Para o setor produtivo da nossa cidade, oferecer o protagonismo pode ser a chave para aproveitar ao máximo essa oportunidade única”, destacou Chandy Teixeira, coordenador de Games e E-Sports da Prefeitura do Rio de Janeiro.
O evento contou com a presença de acadêmicos de referência no setor, como o professor da Universidade Federal Fluminense, Esteban Clua e o professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Ricardo Kneipp. Também estiveram presentes representantes do governo federal, estadual e municipal, além de parlamentares ligados às comissões de educação, ciência e tecnologia, e-sports e cultura, como o deputado federal, Reimont Otoni, o deputado federal Sargento Portugal e a deputada estadual Dani Balbi, entre outros.
Sobre a ACJOGOS-RJ
A Associação de Criadores de Jogos do Estado do Rio de Janeiro (ACJOGOS-RJ) é uma das maiores associações de jogos digitais do país. Desde 2015, atua em diversas frentes para ajudar o fomento da indústria de games estadual e nacional. Atualmente, conta com mais de 60 empresas e estúdios associados, o que corresponde a cerca de 3 mil trabalhadores diretos e indiretos.
Sobre o mercado de jogos no Brasil
Dados da pesquisa Game Brasil 2023 apontam que 70% dos brasileiros afirmam ter o hábito de se divertir com jogos eletrônicos. Um crescimento exponencial quando comparado com os últimos anos: 2020 (57,1%), 2021 (68%), 2022 (76,5%). Um traço que já se confunde com a história cultural, sobretudo das grandes metrópoles. A nível nacional, o mercado brasileiro de jogos digitais experimenta um período de expansão. O Brasil movimenta cerca de 13 bilhões de reais e fatura 1,2 bilhão de reais por ano, destacando-se como uma oportunidade para se tornar um dos líderes nesse setor. De acordo com a consultoria Newzoo (2023), o Brasil é o décimo maior mercado de games do mundo, com mais de 100 milhões de jogadores. Além disso, é o principal mercado da América Latina e o segundo maior mercado do Sul Global, atrás apenas da China.