Acusado de chefiar máfia de apostas obtém habeas corpus para deixar prisão
A defesa de Romarinho disse à coluna do Diego Garcia no UOL Esporte, que ele já foi solto e agora aguarda a sentença definitiva do processo.
A decisão diz que Romarinho deve comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, além de comparecer aos atos judiciais quando solicitado, estar proibido de mudar de endereço sem aviso prévio, de manter contato com os demais acusados ou testemunhas e ainda desempenhar atividades ligadas a apostas esportivas.
Ele estava preso desde 18 de abril do ano passado. Sua defesa havia tentado o habeas corpus anteriormente, mas sem sucesso. Desta vez, eles citaram que outro acusado foi liberado no fim do ano, razão pelo qual o mesmo benefício deveria se estender ao seu cliente.
De acordo com a denúncia, Romarinho é um dos cabeças do esquema de manipulação de resultados que atingiu o futebol brasileiro.
Segundo o Ministério Público de Goiás, ele é um “integrante com atuação relevante na organização criminosa, principalmente no financiamento do grupo e também viabilizando as promessas e entregas de valores espúrios aos atletas”. Ou seja: era ele um dos principais intermediários para pagar os valores empregados nas corrupções e manipulações dos eventos esportivos.
O MP diz também que ele aliciava os jogadores em prol do grupo criminoso, além de efetuar cobranças e intimidar fazendo menção a uso de arma de fogo aos atletas que não cumprirem o prometido.
Foi ele, por exemplo, que manteve conversas com Gabriel Tota, do Juventude, para negociar a corrupção esportiva, encaminhando comprovante de pagamento e tratando também com Paulo Miranda, outro do Juventude, sobre a manipulação de um cartão amarelo.