Arthur Lira quer aliado na presidência da CPI das Apostas; atletas citados em investigação serão intimados a depor

Blog do Editor I 12.05.23

Por: Magno José

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O presidente da Câmara, Arthur Lira quer que a presidência da CPI das Apostas Esportivas seja ocupada por um dos seus principais aliados, o líder do PP na Casa Legislativa, André Fufuca

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer que a presidência da CPI das Apostas Esportivas seja ocupada por um dos seus principais aliados, o líder do PP na Casa Legislativa, André Fufuca (MA). O posto, entretanto, ainda é pleiteado por André Figueiredo (PDT-CE). Cotado para presidir a CPI dos Atos do dia 8, Fufuca foi barrado desta Comissão pelo próprio Lira, no mês passado, pelo fato de ter o seu nome muito atrelado ao correligionário. O presidente da Câmara avaliou que em um colegiado que deve colocar governistas e opositores em posições diametrais, poderia ser associado a qualquer ato do colega.

A presidência da CPI das Apostas serviria como alento a Fufuca, além de garantir a Lira a certeza de que a condução seguiria sob as suas rédeas. A Fufuca também interessaria a presidência de outra CPI, a das Americanas, da qual é autor do requerimento. Caso seja confirmado na CPI das Apostas, Fufuca terá como relator o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), já dado como certo no posto.

Ao GLOBO, Lira confirmou que todas as CPIs abertas sejam instaladas na próxima semana. A expectativa é de que o presidente dê andamento a estas Comissões a partir da próxima terça-feira, data limite para apresentação do relatório final do Arcabouço Fiscal – um tema caro ao governo.

Ex-jogador, dirigente de clube e atletas de outras modalidades: os esportistas na CPI das Apostas

Figuras ligadas ao esporte devem assumir postos relevantes na CPI das Apostas Esportivas, prevista para ser iniciada na próxima semana. A Comissão já tem como nomes certos para serem indicados o ex-presidente do Flamengo e deputado Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ) e o ex-jogador de vôlei Maurício (PL-MG). Ex-jogador de futebol profissional, Afonso Hamm (PP-RS) também solicitou a indicação do partido. Favorito para ocupar a relatoria da CPI das Apostas, Felipe Carreras (PSB-PE) foi relator da proposta de Lei Geral do Esporte, em 2022.

Atletas serão intimados a depor na CPI

Políticos dados como certos na CPI das Apostas afirmam que todos os atletas já citados em investigações por supostas fraudes em resultados e os dirigentes dos seus respectivos clubes serão intimados a depor na comissão. Outro ponto pacificado é de que CPI a, em todas as suas sessões, não tratará apenas de casos da serie A. Na avaliação de nomes que já estudam o tema, a elite do futebol, embora mais midiática, pode concentrar um número menor de casos. As investigações desta frente, por tanto, também focariam nas séries B e C do Campeonato Brasileiro.

Histórico

A Operação Penalidade Máxima começou quando o presidente do Vila Nova (GO), Hugo Jorge Bravo, tomou conhecimento de que um de seus jogadores, Marcos Vinicius Alves Barreira, o Romário, estaria envolvido em manipulações de resultados. Bravo iniciou investigação própria e chegou até Bruno Lopez, líder do grupo e responsável por entrar em contato com os atletas.

Dos seis jogos da Série A de 2022 sob suspeita, quatro já tiveram confirmações de irregularidades, segundo os investigadores: Santos x Avaí, Santos x Botafogo, Palmeiras x Juventude e Goiás x Juventude. À medida que o MP passou a investigar ficou claro que a manipulação foi além do futebol goiano. E mesmo com a investigação, o grupo continuou manipulando apostas em 2023, chegando aos campeonatos estaduais de São Paulo, Paraíba, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Ao menos quatro jogadores investigados pelo Ministério Público de Goiás fizeram acordo e estão colaborando com as investigações. (Globo Online)

 

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