Cassinos: senador diz que legalização é fundamental

Destaque I 25.04.22

Por: Elaine Silva

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Senador Angelo Coronel pede prioridade para o PL 2648/19
A legalização dos jogos é defendida pelo senador Angelo Coronel

O senador Angelo Coronel (PSD/BA), que defende a legalização dos cassinos, declarou que, das 20 maiores economias mundiais, só o Brasil, Arábia Saudita e Indonésia não têm os jogos de azar legalizados. A afirmação é uma crítica à criação, no Senado, da Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar.

Arábia Saudita e Indonésia, países islâmicos, proíbem os cassinos por motivos religiosos. No Brasil, esses estabelecimentos eram legalizados até 1946, época em que cassinos como o da Urca, do Copacabana Palace ou o do Palácio Quitandinha, em Petrópolis, também funcionavam como grandes casas de shows e restaurantes, empregando milhares de pessoas.

Segundo a Agência Senado, o senador Eduardo Girão (Podemos/CE), que integra a nova Frente, afirmou que ““A legalização dos jogos de azar resultará em custos para a sociedade muito superiores a qualquer benefício. Mais, os benefícios serão privados para os operadores da jogatina, enquanto os custos serão para a sociedade como um todo. Os argumentos dos que defendem os jogos de azar destacam apenas o lado positivo e não levam em conta os efeitos negativos”.

O senador Angelo Coronel rebate Girão, argumentando que o Brasil já convive com os jogos ilegais em todas as regiões e que manter a situação apenas na ilegalidade traz prejuízos para o país. “Não podemos mais abrir mão da legalização dos jogos, que já são bancados livremente, tanto jogos eletrônicos como as plataformas eletrônicas de apostas. Não entra um real de imposto para o Brasil. Não podemos mais viver nesse mundo moderno sem ter a legalização dos jogos no Brasil”, afirmou.

Cassinos: Rio terá direito a dois estabelecimentos

A legalização dos sites de apostas, do bicho, de bingos e cassinos foi aprovada pela Câmara dos Deputados e está sob análise do Senado. O projeto aprovado até agora prevê que os cassinos só poderão funcionar em resorts integrados, que são complexos de turismo que reúnem hotéis, casas de show, teatros, ginásios de esporte, centros de convenções e shopping. A maior parte dos Estados só poderá ter um estabelecimento. Rio de Janeiro e Minas Gerais, por terem mais de 15 milhões de habitantes, terão direito a dois cassinos. Só São Paulo, com mais de 35 milhões, terá três estabelecimentos.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, já disse que irá vetar a legalização, se o projeto for aprovado também no Senado e seguir para sua sanção. Na Câmara, o deputado Bacelar (Podemos/BA), que foi o relator da proposta, afirma que o veto presidencial será derrubado. “O Brasil não pode mais conviver com a ilegalidade dos jogos. O país perde muito com essa situação, sem arrecadar impostos e sem formalizar milhares de empregos”, declara o deputado. (Diário do Porto – RJ)

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