CPI-FUTE tem audiência pública nesta terça-feira

Apostas I 30.05.23

Por: Magno José

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Câmara instala CPI para investigar manipulação de resultados no futebol
Além da reunião, colegiado deverá apreciar 19 requerimentos de convites e convocações; confira os requerimentos

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Resultados começa a ouvir nesta terça-feira os primeiros convocados a falar sobre o esquema de apostas que envolve jogadores, empresários e aliciadores e foi descoberto pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por meio da Operação Penalidade Máxima.

Instaurada na Câmara dos deputados na quarta-feira passada, a CPI promove sua primeira audiência pública nesta terça. Serão ouvidos o promotor de Justiça Fernando Cesconetto, o procurador-geral Cyro Terra Peres, ambos responsáveis pela chamada Operação Penalidade Máxima, e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, que denunciou casos de manipulação de resultados cometidos dentro de seu próprio clube, dando início à operação do MP.

“Espero que sejam apurados não só os jogadores que estão envolvidos nisso, mas a gente sabe que existem milhões em jogo, existe muito dinheiro destes apostadores e nós temos de descobrir quem são essas pessoas que burlam os resultados”, ressaltou Jilmar Tatto (PT-SP).

A CPI foi proposta pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), relator da comissão. Ele protocolou o pedido dias depois de a primeira fase da operação ter sido deflagrada. A comissão também deve avançar sobre o funcionamento das casas de apostas esportivas no Brasil, que se tornaram o principal financiador do futebol brasileiro.

“Vamos ouvir todos os atores, desde quem organiza as competições até as empresas. Têm casas de apostas idôneas, mas também tem as com suspeição em cima delas”, afirmou Carreras ao Estadão em entrevista recente, antes de a CPI ser instaurada na Câmara.

Cronograma

Segundo o cronograma da CPI, haverá reuniões, audiências, missões oficiais e outras diligências nas próximas três semanas até o dia 13 de junho. De 18 a 31 do mesmo mês, os deputados estarão em recesso. Com 36 integrantes, entre titulares e suplentes, a CPI está prevista para ser concluída em 28 de setembro.

A CPI tem 120 dias para investigar o tema, que podem ser aumentados por mais 60 dias. Segundo a legislação, uma CPI tem poder de investigação próprio de autoridades judiciais. Na prática, ela pode inquirir testemunhas, ouvir suspeitos, prender – somente em caso de flagrante delito -, requisitar informações e documentos, convocar ministros de Estado e quebrar sigilo fiscal, bancário e de dados.

As audiências serão sempre às terças, a partir das 14h30, e, caso necessário, também às quintas, com início da sessão às 9h30.

Requerimentos

Além da audiência pública serão analisados os requerimentos de convites e convocações de autoria dos deputados:

Luciano Vieira (PL-RJ), Fred Costa (PATRIOTA-MG), Yury do Paredão (PL-CE), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Daniel Freitas (PL-SC), André Figueiredo (PDT-CE), Aureo Ribeiro (SOLIDARI-RJ), Beto Pereira (PSDB-MS) e Albuquerque (REPUBLIC-RR).

Confira os requerimentos que serão analisados na reunião desta terça-feira:

Requerimentos de convocação:

– Rodrigo Alves, presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas (ABAESP)

– Salmo Valentim, presidente da Associação Nacional dos Árbitros do Futebol (ANAF)

– Andre Gelfi, presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR)

– Wesley Callegari Cardia, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL)

Requerimentos de convite:

– Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil

– Ana Moser, ministra do Esporte

– Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor Geral da Polícia Federal

– Wesley Cardia, CEO da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL)

– Rafael Marcondes, diretor da ABRADIE

– Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor

– Robson Barreirinhas, secretário da Receita Federal

– Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda

– Representantes das empresas que fazem parte do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR)

– Ronei Freitas, presidente da Federação Goiana de Futebol

 

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