CPIs das Americanas, MST e Manipulação de Resultados são adiadas

Blog do Editor I 04.05.23

Por: Magno José

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Governo muda de estratégia e decide apoiar criação de quatro CPIs
Comissão parlamentar de inquérito sobre manipulação de resultados por causa de apostas esportivas já tem relator definido e presidência está extremamente cobiçada

As três comissões parlamentares de inquérito (CPIs) criadas na semana passada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), só devem ser instaladas na segunda metade de maio, segundo aliados dele, revela o Valor Investe.

Os grupos vão investigar a fraude contábil nas Americanas, as invasões do Movimento dos Sem Terra (MST) e golpes em apostas esportivas. A expectativa do governo é de que estas comissões tirem parte da atenção da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Falta definir quem serão os presidentes e relatores de todos os colegiados, por isso o adiamento. Já há alguns cotados, mas os partidos ainda não fecharam acordo de revezamento e há disputas pelas vagas, por exemplo, na CPI do MST entre PT e PL.

Na CPI do MST, o deputado tenente-coronel Luciano Zucco (Republicanos-RS) deve assumir a presidência e o deputado Ricardo Salles (PL-SP) busca ficar com a relatoria, mas o PT quer a vaga.

O deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), aliado do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), deve ser o presidente da CPI das Americanas, enquanto o bloco do MDB, PSD, Republicanos e Podemos ficará com o outro posto de comando – mas as posições podem se inverter ainda.

A presidência da CPI da Manipulação de resultados por causa de apostas esportivas está extremamente cobiçada e vários deputados demonstraram interesse no cargo. O relator já está definido: o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), autor do pedido para investigar fraudes.

Os líderes dos partidos estavam na expectativa de que se reunirem com o presidente da Câmara ainda esta semana para decidir essa divisão, mas não foram chamados ainda para nenhum encontro. Lira embarca no fim do dia para os Estados Unidos, onde ficará sete dias, e só volta à Brasília no dia 10.

O adiamento também deve refletir a demora na instalação da CPMI dos atos golpistas. Há disputas em torno do número de vagas para cada partido e isso também só deve se resolver após a viagem do presidente da Câmara.

 

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