Denúncia de suposto pedido de propina deve prorrogar CPI da Manipulação do Futebol

Apostas I 23.09.23

Por: Magno José

Compartilhe:
Opinião: Executivos reagiram negativamente sobre aumento da alíquota da seguridade social
Os deputados da CPI-FUTE querem ouvir José Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda.

Os deputados querem ouvir José Francisco Manssur, assessor especial do Ministério da Fazenda, sobre o teor de uma reportagem publicada nesta semana pela revista Veja. Segundo o texto, o relator da CPI da Manipulação do Futebol, Felipe Carreras (PSB/PE), teria pedido propina para proteger casas de apostas na comissão.

Procurado pelo ge, Manssur afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

De acordo com a reportagem, o deputado teria pedido um pagamento de R$ 35 milhões a Wesley Cardia, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).

Ainda de acordo com a reportagem, Cardia procurou José Francisco Manssur, secretário-especial do Ministério da Fazenda, para fazer a acusação a Carreras e também para dizer que havia sido abordado por outros deputados que buscavam conseguir vantagens financeiras.

Em nota (leia a íntegra abaixo), a ANJL rebateu as informações da publicação da Veja, afirmando que a questão não foi tratada no âmbito do Ministério da Fazenda.

– A ANJL reforça que é a favor da discussão clara, objetiva e republicana sobre toda e qualquer matéria em tramitação no Congresso ou em discussão no governo que trate da regulamentação das apostas esportivas.

O ge procurou o deputado Felipe Carreras para comentar o conteúdo da reportagem da Veja. Em nota (leia a íntegra abaixo), ele se defendeu da acusação e garantiu nunca ter pedido propina.

— A matéria veicula boatos, relatados a um terceiro sem prova ou qualquer base fática, como a reportagem afirma — disse.

O relatório de Carreras sobre a CPI chegou a ser pautado para deliberação. A votação deveria ter ocorrido na última terça-feira, mas a apreciação sequer chegou a ocorrer, em uma reunião marcada por muitos bate-bocas entre os parlamentares. O texto de Carreras chegou a ser ironizado pelo deputado Wellington Roberto (PL/PB), que classificou o relatório como “cheio de amor e carinho”.

Na reunião da última quarta-feira, que tinha como único item da pauta a deliberação do relatório, os deputados pediram mais tempo para analisar o documento, que conta com mais de 200 páginas. Um acordo entre os parlamentares deu mais tempo para que o relatório pudesse ser analisado pelos membros da comissão. Uma nova data para deliberação ainda não foi marcada.

Os deputados da CPI chegaram a aprovar um requerimento de prorrogação dos trabalhos por 60 dias. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), no entanto, autorizou a ampliação do prazo por apenas 12 dias. Desta forma, a comissão, caso não ocorra uma nova prorrogação, tem até esta terça-feira para aprovar o relatório da CPI.

CPI-FUTE aprova 12 requerimentos e relator recebe apoio dos parlamentares do colegiado
Em nota divulgada nesta sexta-feira, o deputado Felipe Carreras garante que nunca pediu propina

Confira a íntegra da nota do deputado Felipe Carreras (PSB/PE):

Com relação à reportagem publicada em Veja, na edição de 22.09.2023, que lhe imputou graves acusações, o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), relator da CPI das Apostas Esportivas, vem a público informar que:

A própria Revista Veja afirma que ‘nenhuma evidência material foi apresentada contra o deputado’.

Ou seja, a matéria veicula boatos, relatados a um terceiro sem prova ou qualquer base fática, como a reportagem afirma.

Além disso, a realização do suposto encontro no qual o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias teria denunciado o pedido de propina foi negado, pelo próprio Cardia, em nota à Veja.

De toda forma, o deputado segue à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento que se faça necessário.

ANJL, presidida por Wesley Cardia registra em nota que a questão nunca foi tratada no âmbito do Ministério da Fazenda

Confira a íntegra da nota da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ABJL):

Esta questão nunca foi tratada no âmbito do Ministério da Fazenda. A ANJL reforça que é a favor da discussão clara, objetiva e republicana sobre toda e qualquer matéria em tramitação no Congresso ou em discussão no governo que trate da regulamentação das apostas esportivas. (ge – Globo)

 

Comentar com o Facebook