Dinamarca pronta para lidar com jogos de azar problemáticos, publicidade em níveis governamentais e parlamentares

Blog do Editor I 23.05.23

Por: Magno José

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O Ministério dos Impostos estima que o problema custará aos contribuintes 10 milhões de coroas por ano

O estado dinamarquês está pronto para usar alguns de seus recursos para combater o problema crescente do vício do jogo pela primeira vez, de acordo com um comunicado de imprensa publicado ontem pelo Ministério dos Impostos.

Alguns parlamentares temem que o uso de atores e esportistas famosos na publicidade de empresas de jogos de azar tenha tornado o jogo mais atraente para um público mais jovem.

Pilou Asbæk de ‘Borgen’ e ‘Game of Thrones’, bem como o ex-jogador de futebol Brian Laudrup, apareceram em anúncios de jogos de azar dinamarqueses, e alguns estão pedindo a proibição desses endossos de celebridades.

Sinais preocupantes

O Ministério dos Impostos sublinhou os perigos do vício do jogo – especialmente para crianças e jovens.

“A evolução a que assistimos na área do jogo é muito preocupante”, afirmou o ministro dos Impostos, Jeppe Bruus. “O vício em jogos de azar pode ter consequências importantes e duradouras para os envolvidos, e temos uma obrigação especial de proteger crianças e jovens e outros grupos vulneráveis.”

Bruus também comentou sobre os efeitos prejudiciais da publicidade de jogos de azar, muitas vezes envolvendo pessoas famosas, que ele diz glamorizar o jogo sem avisar sobre seus perigos.

“Se você conversar com o Center for Gambling, viciados em jogos de azar e parentes, eles dizem que a publicidade contribui significativamente para o desenvolvimento de um vício”, observou Bruus. “Este é o caso, sejam crianças, jovens ou adultos.”

“Também ajuda a normalizar os jogos, então os dinamarqueses pensam nisso como algo inofensivo, porque está em todo lugar. E eu posso entender isso. Mas jogar por dinheiro não é inofensivo.”

Jogando dados com a morte

Existem agora 500 mil ‘jogadores problemáticos’ na Dinamarca, de acordo com um relatório de Rambøll realizado no ano passado para a Autoridade de Jogos da Dinamarca (Spillemyndigheden).

Isso representa quase um dinamarquês em cada dez e também custará ao contribuinte dinamarquês 30 milhões de coroas nos próximos três anos.

Em outros países, como o Reino Unido, a publicidade de jogos de azar foi alvo de duras críticas, com rumores de proibir as empresas de apostas online de anunciar em camisas de jogadores de futebol profissionais. (CPHPost)

 

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