Em qualquer país do mundo é normal o uso do naming rights no patch da competição
Além de comentado pelos dirigentes dos clubes e seus patrocinadores, houve uma forte repercussão o fato da CBF ter informado aos clubes da Série B, que todos os times que disputam o torneio deverão aplicar em seus uniformes um patch alusivo ao campeonato, que este ano tem o nome de Série Betano 2023.
Em qualquer país do mundo, é normal que a entidade detentora do torneio recomende o uso do naming rights [direito de nomear o torneio] no patch da competição.
A polêmica que está sendo gerada no Brasil, deve-se ao fato de praticamente todos os times da Série B terem algum tipo de patrocínio de plataformas de apostas.
O BNLData teve acesso às informações do contrato da Betano com a CBF na aquisição do naming rights e constatou que houve um investimento significativo por parte da Betano, possibilitando assim que a manutenção dos valores de direitos de transmissão pagos aos clubes no ano passado, que eram acima de R$ 210 milhões. Vale lembrar que em uma concorrência feita pela CBF no começo desse ano, a maior proposta apresentada era de R$ 70 milhões, o que resultaria em um repasse de R$ 3,5 milhões a cada clube, valor muito inferior aos R$ 10 milhões que cada time irá receber esse ano pelos direitos de transmissão.
Caso semelhante em Portugal
Em 2021, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) a Bwin adquiriu o naming rights da liga portuguesa em uma negociação de 7 milhões de euros pelo período de cinco temporadas.
Na Liga Portuguesa, a Betano é a patrocinadora dos três principais clubes como Benfica, Porto e Sporting e todos os times usam o patch da competição com a logomarca da Bwin.
