Exposição ‘Boi de Piranha – Brazilian Zodiac’ em BH exibe obras sobre o jogo do bicho
Desde 2014, o artista plástico mineiro Froiid vem pesquisando as reverberações culturais dos jogos que, no curso da história, caíram no gosto do brasileiro. Como não poderia deixar de ser, as observações oriundas desse processo acabaram respingando em seu fazer artístico, dando início a uma trilogia que já teve dois momentos compartilhados com o público em exposições – uma realizada na Sala Genesco Murta do Palácio das Artes e outra na galeria do BDMG Cultural. O fecho da tríade acontece agora com a abertura de “Boi de Piranha – Brazilian Zodiac”, na Rodrigo Ratton Galeria, em Belo Horizonte. A mostra fica em cartaz até 9 de abril, mas com uma dinâmica bastante inusual, senão inédita: quando adquiridos, os trabalhos sairão do espaço imediatamente, e não após o encerramento oficial, como de praxe. O propósito é imprimir também à empreitada um caráter de jogo, no caso de formas e contraformas. Se o Jogo do Bicho norteia essa nova fase, nas anteriores, foi o futebol e a sinuca a darem a régua e o compasso.
De acordo com o artista multidisciplinar Froiid, cada pintura adquirida enquanto ‘Boi de Piranha – Brazilian Zodiac’ estiver em cartaz deverá ser retirada, assim desmontando a exposição, diferente das mostras tradicionais onde os trabalhos são retirados apenas ao final. “Podemos dizer que se tivéssemos um zodíaco brasileiro, nosso horóscopo seria representado pelos 25 animais do jogo do bicho. Ser brasileiro muitas vezes é jogo de sorte ou azar. Nesta exposição, busquei criar trabalhos baseados na tradição construtivista brasileira junto tipografia vernacular (desenhos de letras populares feitas manualmente) vistas nas carrocerias de caminhão. Compõe-se uma instalação que deve ser desmontada conforme o desejo do público visitante da galeria, criando uma instalação em movimento como um jogo de formas e contraformas”, explica. (Com O Tempo)