Extradição de ‘rei do rebaixamento’, peça-chave na CPI das Apostas, segue sem data definida

Apostas I 08.03.25

Por: Magno José

Compartilhe:
Wiliam Rogatto em depoimento à CPI da Manipulação e Apostas Esportivas (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A extradição do empresário William Rogatto, o “rei do rebaixamento” preso em Dubai após confessar manipulação de resultados, segue em compasso de espera, revela Lauro Jardim no Globo Online.

Segundo um investigador a par do caso, ainda não há data prevista para a chegada de Rogatto ao Brasil, uma vez que “quem impulsiona o processo de extradição é o juiz do caso”.

O empresário é tido como uma peça-chave para a CPI das Apostas no Senado, cujos trabalhos foram prorrogados até 1º de abril.

No mês passado, o presidente da comissão, Jorge Kajuru (PSB-GO), afirmou que o “rei do rebaixamento” desembarca no Brasil ainda na primeira quinzena de março. Até agora, no entanto, não há nada de concreto.

“Consequentemente, ao voltar ao Brasil, a Polícia Federal nos garantiu que ele chega aqui em Brasília e, no dia seguinte, virá à nossa CPI no Senado para ratificar o que prometeu da última vez. Ele nos entregaria um computador com tudo o que ainda não revelou, além de novas documentações que ele também nunca revelou, mostrando os tubarões envolvidos”, disse Kajuru à Agência Senado.

Em janeiro, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) cobrou da PF informações sobre o processo, incluindo a previsão para a extradição. O documento ainda não havia sido respondido até ontem.

Em depoimento à CPI das Apostas, Rogatto afirmou que foi responsável pela queda de divisão de 42 clubes, em operações que envolviam de atletas a árbitros e dirigentes esportivos. As manipulações teriam rendido lucros de R$ 300 milhões.

A CPI conta com a extradição antes de apresentar o relatório final. Também aguarda nos próximos dias o julgamento de Lucas Paquetá na Inglaterra pelas suspeitas de envolvimento em apostas. O jogador pode até ser banido do futebol. As próximas semanas, portanto, serão cruciais para a comissão.

 

Comentar com o Facebook