Quem são os chineses ligados à advogada Adélia Soares, indiciada por associação criminosa
A advogada Adélia Soares, uma das responsáveis pela defesa da influenciadora digital Deolane Bezerra, foi indiciada por falsidade ideológica e associação criminosa. Ela é suspeita, informou a TV Globo, de se associar a mafiosos chineses para firmar negócios que permitiriam a exploração ilegal de jogos de azar em ambientes virtuais. Fuhao Liu, Mingyang Li e An Hu são apontados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como os integrantes da máfia. Eles chegaram ao Brasil em maio, com vistos de turistas, registra reportagem do Globo Online.
Alvo de uma investigação da PCDF, o trio conduziu os acordos para abrir empresas de fachada em território brasileiro. Na sequência, eles teriam deixado o país. Segundo o site Metrópoles, os empreendimentos funcionavam como instituições de pagamento com o intuito de lavar dinheiro.
Uma grande operação de exploração ilícita de cassinos on-line, revelada por policiais da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), era instrumentalizada por companhias “laranjas”. As firmas se aproveitavam da desregulação do setor para movimentar o dinheiro adquirido por meio de contravenção. Todo o processo teria a participação de Adélia.
Os documentos da PCDF indicam que o grupo chinês tem envolvimento com a PlayFlow Processadora de Pagamentos Ltda. A empresa, aberta recentemente, é um dos principais alvos da investigação.
A companhia foi criada para receber pagamentos provenientes de apostas ilegais, após os asiáticos romperem contrato com as empresas Okpayments e AnSpacePay. De acordo com a TV Globo, Adélia deu abertura a PlayFlow, sediada nas Ilhas Virgens Inglesas, segundo a PCDF, com documentação falsa na junta comercial da cidade paulista de Suzano.
Indiciamento
O indiciamento da advogada aconteceu ao mesmo tempo em que ela cuida da prisão Deolane, que está presa em Pernambuco desde o dia 4 de setembro. Conhecida por sua participação no reality show “Big Brother Brasil”, na edição de 2016, Adélia ganhou popularidade por representar diversas subcelebridades e entrar em casos polêmicos.
O início da investigação se deu depois que um colaborador terceirizado da delegacia caiu em um golpe e transferiu cerca de R$ 1,8 mil para uma conta de apostas do jogo do Tigrinho. A polícia também descobriu que as instituições de pagamento fraudavam operações de câmbio com CPFs de pessoas mortas para levar o dinheiro das apostas para o exterior.
O GLOBO procurou Adélia Soares, que não respondeu até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.
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