Sem consenso, Senado adia projeto que libera cassinos, bingos e jogo do bicho

O Senado adiou nesta quarta-feira (4) a votação do projeto que libera os jogos de azar no Brasil, como bingo, jogo do bicho e cassino. Ainda não foi marcada nova data para deliberação.
Senadores de oposição e até governistas pressionaram para que o texto não fosse analisado. O relator, Irajá (PSD-TO), decidiu acatar o pedido, para evitar uma eventual derrota, na votação da urgência do texto, ou até o arquivamento da matéria.
Iniciada a apreciação do PL 2234/22, o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, definiu que colocaria em votação o requerimento de urgência a proposta e que dependendo do resultado, os outros requerimentos ficariam prejudicados.
Na sequência, os senadores Rogerio Marinho (PL/RN), Alessandro Vieira (MDB/SE), Eduardo Girão (NOVO/CE), Esperidião Amin (PP/SC), Humberto Costa (PT/PE), Carlos Viana (PODEMOS/MG), Eliziane Gama (PSD/MA), Izalci Lucas (PL/DF) e Marcos Rogério (PL/RO) pediram a retirada de pauta do projeto de lei ou da votação dos outros requerimentos.
Na sequência, o senador Irajá Silvestre pediu a retirada de pauta do PL 2234/22 durante a votação do Plenário do Senado para atender ao pedido dos líderes partidários.
O presidente definiu pelo adiamento de 30 dias da votação para atender aos requerimentos de informações ao Ministério da Saúde e ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome para que realizem um estudo abrangente e interssetorial de impacto operacional e orçamentário que o projeto de lei pode acarretar sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), respectivamente, com dados de projeção dos efeitos específicos da proposta sobre os serviços de médicos psiquiatras, de psicólogos e de assistentes sociais da rede pública para tratamento dos problemas de dependência em jogos de azar, que a proposição em relevo tem o condão de, em tese, potencializar no seio da sociedade brasileira.