Senado vota hoje projeto que taxa apostas on-line. Entenda o que muda com as ‘bets’

Apostas I 12.12.23

Por: Magno José

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O texto traz uma tributação de 12% sobre a renda das empresas e de 15% sobre o prêmio das pessoas físicas. Além disso, foi adicionada a obrigatoriedade das ‘bets’ estrangeiras terem ao menos 20% do capital nas mãos de uma empresa brasileira

O plenário do Senado Federal deve votar nesta terça-feira a proposta que taxa as empresas de apostas esportivas on-line e os ganhadores de prêmios. De acordo com o ministério da Fazenda, seria possível arrecadar, inicialmente, R$ 2 bilhões em 2024.

Mas o projeto também vem sendo alterado por senadores e sofre resistência de parlamentares mais conservadores, que acusam o governo de estar dando aval para jogos de azar no país.

O relator, Angelo Coronel (PSD-BA), fez modificações na proposta. Com isso, o projeto precisará passar por nova análise na Câmara. O texto traz uma tributação de 12% sobre a renda das empresas e de 15% sobre o prêmio das pessoas físicas. Além disso, foi adicionada a obrigatoriedade das ‘bets’ estrangeiras terem ao menos 20% do capital nas mãos de uma empresa brasileira.

— O pessoal tem que se conscientizar que quem é contra a regulamentação é porque é a favor da clandestinidade. Quem não quer regular para ser fiscalizado, que os recursos atendam saúde e educação. Não existem desculpas — disse o relator.

O projeto também institui uma outorga inicial para autorizar os sites a funcionarem legalmente, de R$ 30 milhões.

O total arrecadado terá a seguinte divisão de acordo com o texto no Senado:

  • 10% para a área de educação, divididos entre entidades executoras de unidades escolares públicas e escolas técnicas públicas de nível médio;
  • 14% para a área da segurança pública;
  • 36% para a área do esporte, divididos entre Ministério do Esporte, organizações de prática esportiva, confederações esportivas, secretarias estaduais de esportes;
  • 10% para a seguridade social;
  • 28% para a área do turismo, dividido entre Ministério do Turismo e Embratur;
  • 1% ao Ministério da Saúde, para medidas de prevenção de danos sociais advindos da prática de jogos nas áreas de saúde;
  • 0,50% divididos entre as seguintes entidades da sociedade civil, Fenapaes, Fenapestalozzi e Cruz Vermelha
  • 0,50% para o Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal

(Globo Online)

 

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