STJD abre inquérito para investigar Bruno Henrique, do Flamengo

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou nesta quarta-feira que abriu inquérito para investigar Bruno Henrique, do Flamengo, após o atacante ter sido indiciado pela Polícia Federal no mês passado. O jogador é suspeito de forçar um cartão amarelo em jogo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023 e beneficiar apostadores, incluindo familiares, na época, revela ge Globo.
O presidente do tribunal esportivo, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, recebeu as provas da investigação da Polícia Federal na última segunda-feira e nomeou o auditor Maxwell Borges de Moura Vieira para fazer um relatório no prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15. Como não houve pedido de suspensão preventiva, Bruno Henrique pode continuar jogando pelo Flamengo no período.
O Flamengo se ampara na presunção de inocência para não afastar Bruno Henrique e aguardar o desfecho do processo. Desde o indiciamento por parte da Polícia Federal, o atacante já disputou seis partidas, três como titular e três saindo do banco, mas não fez gols ou deu assistências.
Veja o despacho do STJD:
“Informo que, em resposta às solicitações de compartilhamento formuladas pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e pelo Procurador Geral da Justiça Desportiva, a cópia integral do Inquérito Policial nº 2024.0082027-CGRC/DICOR/PF (PJe nº 0741636-90.2024.8.07.0001) foi oficialmente encaminhada a este Tribunal pelo Coordenador de Repressão à Corrupção da Polícia Federal, Delegado Daniel Mostardeiro Cola, nos termos de autorização judicial expressa para ‘compartilhamento dos dados da presente investigação com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, pois pertinente com as atividades desenvolvidas pelo referido órgão’.
Considerando o conteúdo compartilhado em 5 de maio de 2025 e com fulcro nas atribuições conferidas pelo art. 81 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), determino de ofício a instauração de inquérito para apurar possível infração disciplinar cometida pelo atleta Bruno Henrique Pinto, do Clube de Regatas do Flamengo (CRF), relacionada a suspeita de manipulação de resultados.
Nos termos do art. 82 do CBJD, o Auditor Processante, Dr. Maxwell Borges de Moura Vieira, disporá do prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, para conduzir a apuração e para apresentar relatório conclusivo.
Abra-se vista à Procuradoria do STJD para acompanhar o presente feito”.
Justiça negou sigilo no processo
A Justiça do DF ainda rejeitou um pedido do atacante Bruno Henrique para que reconsiderasse uma decisão anterior, em que havia autorizado o compartilhamento das mesmas provas com a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, instalada no Senado.