CBF montou ‘estúdio do VAR’ em reunião da CPI das Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas para explicar funcionamento
Depois de prestar depoimento à CPI das Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, teve uma reunião a portas fechadas com os senadores Jorge Kajuru e Carlos Portinho.
Foi montado uma espécie de ‘estúdio do VAR’ em uma sala privada durante o depoimento ao colegiado de Seneme na última quinta-feira (6).
Foram instalados ao menos 7 monitores simulando o espaço de Video Assistant Referee (VAR). A distribuição dos monitores foi explicada para os senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Carlos Portinho (PL-RJ).
O objetivo da montagem do espaço foi tentar esclarecer como funciona o VAR na prática, indo além das informações que são postas em público durante partidas de futebol.
Um dos argumentos de Seneme foi de que muitas críticas são feitas ao VAR por falta de conhecimento de como o sistema funciona. E frisou que todos os procedimentos são padronizados pela Fifa.
O presidente da comissão de arbitragem comentou sobre um plano de fazer um VAR itinerante. A ideia consiste em montar o equipamento em locais de concentração de públicos, como um shopping, e dar a possibilidade do torcedor de não só ver o equipamento, mas também de manipulá-lo.
Durante o depoimento, Seneme disse que as acusações feitas por John Textor, acionista majoritário do Botafogo, não merecem credibilidade. O empresário aponta supostas manipulações em jogos do Campeonato Brasileiro.
“Dou a ele 0% de possibilidade. Com a experiência que tenho, não vi e não identifiquei nenhuma ação que possa dar a mínima referência e transformá-la em algum tipo de manipulação de resultado. Erros de arbitragem ocorrem. Mas transformar um erro de arbitragem em denúncia por manipulação de resultado, na minha visão, é uma ação irresponsável”, disse Seneme.