“Não faz sentido a CAIXA concorrer com as loterias estaduais”, diz Roberto Quattrini

Loteria I 06.03.25

Por: Magno José

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“Não faz sentido que a CAIXA concorrer com as loterias estaduais”, Roberto Quattrini  
Em entrevista exclusiva à Gaming Intelligence o CEO do Consórcio Mineira da Sorte Loteria – CMSL compartilha suas perspectivas sobre várias questões e os desafios enfrentados pela indústria

O Grupo MSL (Mineira da Sorte Loteria) se consolidou como um ator-chave no setor de loterias no Brasil, promovendo iniciativas de regulação, segurança e responsabilidade social. A indústria brasileira está em um ponto de virada, com crescente regulação que busca equilibrar a competitividade do setor com a proteção do consumidor.

Em entrevista exclusiva à Gaming Intelligence, Roberto Quattrini, o CEO do Consórcio Mineira da Sorte Loteria – CMSL compartilha suas perspectivas sobre várias questões e os desafios enfrentados pela indústria.

Quais são as expectativas da CMSL em relação à sua participação no CGS Rio 2025 e quais mensagens-chave você deseja transmitir ao setor durante o evento?

Acreditamos que as loterias federais e estaduais devem coexistir e colaborar para combater o jogo ilegal e beneficiar o consumidor final. A partir da CMSL, acreditamos que a CAIXA deve abrir sua rede de varejistas (casas lotéricas) para fortalecer o crescimento das loterias estaduais, à medida que a receita gerada vai para programas sociais como educação, segurança e saúde. Não é lógico que a CAIXA concorra com as loterias estaduais, pois estas últimas fazem parte dos Estados e a CAIXA pertence à União. Todas as loterias devem se unir na luta contra o mercado ilegal e não regulamentado, promovendo um ecossistema transparente e equitativo.

Com a recente certificação de nível 2 da WLA de Jogo Responsável, como vocês planejam continuar fortalecendo a segurança e a confiança no setor de loteria brasileiro?

Nosso compromisso com o jogo responsável é baseado nos sete princípios fundamentais estabelecidos pela World Lottery Association (WLA). Dentro do Quadro de Jogos Responsáveis (RGF) da WLA, existem quatro níveis de certificação que refletem o grau de implementação desses princípios nas operações diárias de uma loteria.

Ter atingido o Nível 2 significa que concluímos a auto-análise e uma avaliação de lacunas para identificar quais programas de jogos de azar responsáveis devem ser implementados. A partir daqui o nosso objetivo é avançar para o Nível 3, que envolve o planejamento e a implementação de programas específicos com um cronograma e orçamento definidos.

Os programas de jogos de azar responsáveis incluem várias áreas-chave, como educação de jogadores, design de jogos, publicidade e controle de marketing, monitoramento remoto de jogos, treinamento de funcionários e varejistas, bem como tratamento e referência para pessoas com problemas de jogo. Ao integrarmos esses programas em nossas operações diárias, buscamos melhorar continuamente nossos padrões para garantir um ambiente de muitos mais seguro e confiável para os jogadores brasileiros.

Depois de se consolidar em Minas Gerais, você está explorando oportunidades de expansão para outros estados ou novos modos de jogo no Brasil?

Sim, estamos atualmente atentos às novas oportunidades de expansão em outros estados do Brasil. Em particular, a IGT e a Scientific Games estão aguardando a adjudicação da Loteria do Estado de São Paulo para a SAV, enquanto avaliam e seguem outras oportunidades no país. Ambas as empresas têm um portfólio de jogos extenso e diversificado, mas a possibilidade de introduzir novas modalidades depende de concessões concedidas por cada estado. Continuaremos a explorar opções para expandir nossas operações e fortalecer o setor de loterias regulamentadas no Brasil.

 

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