Novo líder de Bolsonaro no Senado diz que reforma tributária e pautas de costumes, como os jogos de azar, devem ficar para 2023

Destaque I 15.06.22

Por: Magno José

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Nomeado como novo líder do governo do presidente Jair Bolsonaro no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) avalia que só andarão a partir do próximo ano as propostas de grande impacto, como as reformas tributária e administrativa, a privatização de empresas públicas, bem como medidas controversas, como as que compõem a chamada pauta de costumes – liberação de porte e posse de armas, legalização de jogos de azar ou o homeschooling, por exemplo, disse em entrevista do Valor Econômico.

“É difícil fazer uma reforma tributária no último ano do governo, assim como avançar na pauta de costumes. Aí tem jogos (de azar), armas, homeschooling. Isso tudo é mais fácil andar com a renovação do mandato do presidente Bolsonaro. O mesmo acontece com a reforma administrativa ou com as privatizações. Será mais fácil com o início de um novo governo, com a legitimidade revalidada pelo voto”, afirmou Portinho em entrevista ao Valor.

Em entrevista ao O Globo, o senador Carlos Portinho voltou a afirmar que a chamada “pauta de costumes” de Jair Bolsonaro não deve passar pela Casa em 2022. Entre as principais propostas da área de costumes, está a flexibilização do porte de armas e o projeto de educação domiciliar. Ele ainda disse que outra proposta polêmica, que é a liberação dos jogos de azar, também ficará na gaveta este ano.

“O Senado abaixa a bola e procura um debate maior a respeito de temas mais complexos. É lógico que a pauta de costume sempre é uma pauta muito sensível. Jogos (de azar) e armas, entre outros projetos que passaram na Câmara, mas que aqui o Senado tem procurado ampliar a discussão”, disse Portinho.

“A pauta de costume, e digo isso também em relação à reforma tributária e administrativa, são reformas estruturantes e é melhor que sejam feitas nos primeiros anos de governo”, acrescentou.

Perguntado sobre os projetos prioritário do governo até o fim do ano, o novo líder registrou as dificuldades em votar projetos em um ano eleitoral.

“Esse é um ano de poucas semanas úteis, porque é um ano eleitoral. No período das eleições não são contabilizadas faltas, segundo o regimento. A partir de 17 de julho até final de outubro, as atenções do país naturalmente estarão voltadas para as eleições. Depois a gente vai ter aí ainda dois meses que dependem do resultado das eleições. E acredito que esse período vai ser grande produção legislativa sim. Entre as pautas que a gente espera aprovar é o da energia offshore e a Lei Geral do Esporte.”

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