‘Por mim, ele ficava’, diz Anísio, presidente de honra da Beija-Flor, sobre saída de Neguinho

Blog do Editor I 06.03.25

Por: Magno José

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Aniz Abraão David lembrou da importância de Laíla para a azul e branco de Nilópolis, que acabou se tornando o enredo da Beija-Flor, e deixou claro que por ele Neguinho da Beija-Flor continuaria

Mesmo aparentando estar com a saúde debilitada, o presidente de honra da Beija-Flor, Aniz Abraão David, o Anísio, fez questão de comparecer à quadra da Beija-Flor para celebrar o campeonato da escola. Ele lembrou da importância de Laíla para a azul e branco de Nilópolis, que acabou se tornando o enredo da Beija-Flor, e deixou claro que por ele Neguinho da Beija-Flor continuaria, revela reportagem do Globo Online.

“O Laíla foi baluarte dentro da escola, dentro do carnaval e até fora da escola. Laíla ocupou todos os cargos que podia ocupar. Ele merece (a homenagem)”, disse.

Sobre a despedida de Neguinho da Beija-Flor, Anísio disse que foi uma decisão do próprio sambista.

“Por mim, ele ficava”, completou.

Sobre o enredo

A homenagem destacou sua fé, pois Laíla, filho de Xangô e Iansã, era católico, umbandista, candomblecista e acreditava no povo cigano e nos pretos velhos. Além disso, o desfile fez questão de recordar suas produções musicais, incluindo os álbuns de samba-enredo que ele ajudou a criar ao longo das décadas.

O desfile também fez referência aos trabalhos marcantes de Laíla, como o memorável “Ratos e urubus, larguem minha fantasia” de 1989, que marcou sua parceria com Joãosinho Trinta. A homenagem não se limitou à história na escola, mas também à sua trajetória espiritual, com rituais que Laíla costumava fazer, como o uso do defumador. João Vitor Araújo, atual carnavalesco da Beija-Flor, contou que teve uma espécie de “autorização espiritual” de Laíla para esse enredo, após sonhar com ele.

A escola também se despediu de Neguinho do carro de som em desfiles oficiais, outro marco importante do desfile. A Beija-Flor foi a segunda escola a entrar na Avenida na segunda noite de desfiles, levando para a Sapucaí a energia, a fé e o legado de Laíla, um nome eterno na história do carnaval.

 

 

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