Apostas sobre novo papa movimentam R$ 100 milhões no exterior

O mercado internacional de apostas registra mais de R$ 100 milhões em bets sobre quem será o próximo líder da Igreja Católica. O conclave que definirá o sucessor do Papa Francisco começa nesta quarta-feira (7) no Vaticano, com a participação de 133 cardeais votantes. No Brasil, este tipo de aposta não é permitido pela legislação atual.
A Polymarket, uma das principais plataformas de apostas online, já contabiliza US$ 18 milhões (equivalente a R$ 100 milhões) em apostas relacionadas à sucessão papal. Segundo informações da InfoMoney, o interesse dos apostadores surgiu rapidamente após o falecimento do pontífice, com US$ 5,4 milhões (cerca de R$ 30,8 milhões) registrados até 23 de abril, apenas dois dias após a morte de Francisco.
O cardeal italiano Pietro Parolin, que atua como secretário de Estado do Vaticano, lidera as preferências dos apostadores com 27% das apostas realizadas até o momento.
A Lei nº 14.790/2023, que regula as apostas de quota fixa no Brasil, permite apenas dois tipos de apostas: as relacionadas a eventos esportivos reais e jogos virtuais com resultados aleatórios, como loterias tradicionais. Por isso, o país fica à margem desse mercado específico de apostas sobre o conclave.
As casas de apostas do Reino Unido e dos Estados Unidos são as principais operadoras deste tipo de bet relacionada à sucessão papal. O processo de escolha do novo papa tem caráter secreto e pode se estender por vários dias.
O mercado brasileiro de apostas legalizadas apresenta números expressivos em outros segmentos. A Caixa Econômica Federal arrecadou R$ 23,4 bilhões com loterias em 2023, estabelecendo um recorde histórico.
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, e o secretário-executivo da instituição, Rogério Lucca, afirmaram que os brasileiros gastam mensalmente entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões em apostas esportivas em 2025.
Enquanto apostadores internacionais continuam fazendo suas previsões sobre o resultado do conclave, os cardeais se reúnem para a votação que definirá o novo líder da Igreja Católica.