Banco Central: Regulamentação das bets reduziu déficit em serviços culturais, pessoais e recreativos

Apostas I 27.03.25

Por: Magno José

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O déficit nessa rubrica diminuiu 89% em fevereiro de 2025, na comparação com o mesmo mês de 2024, de US$ 284 milhões para US$ 31 milhões

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, disse nesta quarta-feira, 26, que a regulamentação das empresas de apostas digitais, as chamadas “bets”, levou a uma redução no déficit brasileiro na conta de “serviços culturais, pessoais e recreativos”, que inclui apostas.

O déficit nessa rubrica diminuiu 89% em fevereiro de 2025, na comparação com o mesmo mês de 2024, de US$ 284 milhões para US$ 31 milhões. Segundo Rocha, a obrigação criada para as bets de ter sede e administração no País é a principal responsável pela mudança.

Nas despesas de outras transferências, onde se enquadram os recursos dos apostadores transferidos para o exterior, houve queda de 78% entre fevereiro de 2024 e de 2025, de US$ 724 milhões a US$ 157 milhões.

Já nas receitas, onde consta o fluxo referente aos prêmios recebidos pelos apostadores que residem em território nacional, a cifra caiu de US$ 767 milhões para US$ 223 milhões (70%) no mesmo intervalo de comparação.

Rocha explicou que, com as empresas em território estrangeiro, as apostas eram transferidas para o exterior e eram contabilizadas como uma “despesa” nessa rubrica. Como esse fluxo passou a ocorrer dentro do território nacional, as estatísticas do BC pararam de captar o movimento.

Para terem autorização para explorar as apostas de quota fixa no Brasil, as empresas precisam ter sede e administração no território nacional. De acordo com Rocha, isso provocou mudanças no fluxo de recursos analisado pela autoridade monetária.

“Isso não significa, necessariamente, que os brasileiros diminuíram suas apostas. Transferências das apostas internacionais é que reduziram, porque foi redirecionado às transações domésticas”, disse. “Boa parte desses fluxos, que antes eram relacionados para o exterior, agora ocorrem dentro do país.”

 

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