Jogos de aposta online ganham força e são consumidos por 38% dos brasileiros

Apostas I 27.03.25

Por: Magno José

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Jogos de aposta online ganham força e são consumidos por 38% dos brasileiros
O tempo dedicado a jogos de sorte ou azar também é considerável: 70,2% dos jogadores dedicam até 3 horas por semana, enquanto 19,5% jogam mais de 3 horas semanais

A Pesquisa Game Brasil (PGB) acaba de lançar sua mais nova edição, com o levantamento de 2025 sobre o comportamento dos consumidores de jogos digitais.

Cerca de 6.282 pessoas foram entrevistadas em 26 estados e no Distrito Federal, entre os meses de janeiro e fevereiro.

Segundo a pesquisa, 82,8% dos brasileiros afirmam consumir jogos digitais, 8,9 pontos percentuais a mais que em 2024 e o maior número já registrado pelo estudo, que é desenvolvido pelo SX Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM.

A plataforma preferida dos consumidores segue sendo o smartphone, com 40,8%, número que teve uma queda de 8 pontos percentuais em relação à edição anterior.

Já a preferência por consoles, como Playstation e Xbox, teve um aumento de 3 pontos percentuais (chegando a 24,7%); e o computador, de 5,5 pontos (chegando a 20,3%).

Jogos de aposta online impulsionam ecossistema

A inclusão dos jogos de aposta online na pesquisa é inédita e significante: 38,2% dos entrevistados afirmam jogar games recreativos desse tipo, indicando uma presença relevante no ecossistema.

“Cassinos e jogos como o ‘Jogo do Tigrinho’, marcaram presença por atraírem um público engajado, disposto a gastar e motivado por fatores financeiros, emocionais e sociais”, explica Guilherme Camargo, CEO do SX Group e coordenador da pós-graduação da ESPM.

Os dados apontam que ao menos 89% desses jogadores gastam dinheiro nesses jogos todo mês, sendo que:

⇒ 39% gastaram entre R$ 50 e R$ 200

⇒ 8,6% gastaram mais de R$ 500

Para uma minoria, os jogos são uma forma de relaxamento (29%) ou de buscar a emoção da vitória (30%).

A maior motivação, contudo, é sempre ganhar mais dinheiro: 43,9% jogam para isso, e 24,7% veem as apostas nestes jogos como “um investimento para melhorar a renda”.

Jogos de sorte ou azar e seu impacto no consumo de jogos digitais

Os números são bem significativos: 38,2% dos entrevistados afirmam jogar jogos recreativos de sorte ou azar, indicando uma presença relevante desse segmento no mercado de games. Em termos de frequência com que apostam, 39% jogam pelo menos uma vez por semana, com 14,2% jogando quatro vezes ou mais semanalmente. A grande maioria (89,9%) aplica dinheiro nestes jogos, sendo que 34,6% gastam entre R$ 51 e R$ 200 mensalmente; 8,6% dos que apostam gastam mais de R$ 500 por mês. O tempo dedicado a jogos de sorte ou azar também é considerável: 70,2% dos jogadores dedicam até 3 horas por semana, enquanto 19,5% jogam mais de 3 horas semanais.

“Claro que, pelo próprio nome dado a esses jogos e o fato de haver microtransações neles, é natural que parte do público também considere jogos de cassino como um jogo de entretenimento, e que isso também esteja refletido nos resultados da PGB 2025”, explicou Guilherme Camargo.

O fator motivacional que este tipo de jogo causa no público também foi levantado. Cerca de 30,4% buscam a emoção da vitória, e 29% usam o jogo como forma de relaxamento. A maior motivação, contudo, é sempre ganhar mais dinheiro (43,9% jogam para isso), e 24,7% veem as apostas nestes jogos como “um investimento para melhorar a renda”.

De acordo com Carlos Silva, não é possível dizer que esses jogos são equivalentes aos jogos digitais para entretenimento. “A única razão para estes jogos existirem é para que a pessoa aplique uma quantidade de dinheiro e espere receber mais do que gastou, com um viés de entretenimento. Jogos digitais não se resumem apenas a transações de dinheiro, existe algo muito maior neles em termos de construção narrativa, personagens e outros – as microtransações são partes da experiência, e as motivações que levam alguém a apostar nestes jogos e a jogar jogos digitais são diferentes.”

 

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