Governador Requião desarticula o serviço de loterias do Paraná.

Loteria I 22.12.03

Por: sync

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O serviço de loterias do Paraná, incluindo os bingos, não vivem um bom momento no Estado. O Governador Requião, desde o início de seu governo, cancelou contratos, extinguiu várias modalidades e desarticulou o serviço de loterias no Estado. A recuperação desse serviço, ou virá através do Governo Federal com a regulamentação dos bingos, ou somente daqui a três anos, pois só então saberemos as conseqüências eleitorais dessas ações contra as loterias e bingos.
Um exemplo foi o caso da Seninha do Paraná, que inclusive deveria ter sido alvo de reclamação mais contundente dos apostadores junto ao Estado. Mesmo sem conhecimento do plano de premiação da loteria, pode-se afirmar que não houve respeito aos apostadores. O Governo anunciou que o prêmio acumulado de R$ 960 mil do jogo Seninha não foi sorteado e deverá ser destinado ao Instituto de Assistência Social do Paraná. A destinação é justa, mas esse dinheiro pertence aos apostadores que geraram o acumulado com apostas.
No início do mês de novembro, o Serviço de Loterias do Estado do Paraná (Serlopar) encerrou as apostas dos jogos instantâneos Roda da Sorte e Pimba, além da Seninha. O contrato de quatro anos com a empresa Getch, que administrava esses jogos, tinha sido prorrogado pelo ex-presidente da Serlopar, João Tadeu Serpa Nunes. Devido a prorrogação, Serpa Nunes foi exonerado pelo Governador Requião, sob acusação de "quebra de confiança".  Mário Marcondes Lobo assume a presidência da Loteria, com várias missões do Governador, a primeira delas cancelar o contrato da Gtech. O Serlopar em apenas um ano teve três presidentes, o primeiro foi Elizeu Hauth.
O BNL entende que o prêmio de R$ 960 mil da Seninha pertence aos apostadores e para garantir o crédito do serviço de loteria, o Serlopar deveria promover um concurso especial da Seninha com o prêmio do valor acumulado, somado as novas apostas e premiar os apostadores com o dinheiro e com credibilidade e legalidade que o Governador Requião sempre pregou.
Sob o ponto de vista econômico, o fim das modalidades lotéricas e dos bingos, imposto pelo Governo do Estado, diminuiu significativamente a arrecadação do Paraná com o serviço de loterias. Em entrevista a Folha de Londrina (27.11), o presidente Mário Marcondes Lobo, informou que com o cancelamento dos jogos o repasse mensal ao Instituto de Assistência Social deverá cair de R$ 500 mil por mês, em média, para R$ 100 mil.
Administrar é a arte de encontrar soluções para aumentar a arrecadação do Estado, principalmente, em períodos de vagas magras. O serviço de loterias, utilizado no mundo inteiro, tem essa justificação.  O Serlopar repassou R$ 9,4 mi em 2000, R$ 9,9 mi em 2001, R$ 7,3 mi em 2002 e esse ano repassará R$ 8,6 mi para a Secretaria de Estado da Criança e Assuntos da Família. A arrecadação com as loterias no Paraná poderia ter sido recorde esse ano, haja visto, que  durante os meses de operação da videoloteria, a empresa Larami vinha repassando mais de R$ 1 milhão mensalmente para os cofres da Serlopar. Caso não haja mudanças significativas, no próximo ano o repasse para o social será de apenas R$ 1,2 mi. 
O Governo do Paraná, que tem na dupla Requião e Delazari os guardiãos da legalidade, vão acabar permitindo que os recursos das loterias e bingos operados pelo Serlopar, antes investidos nos projetos sociais da Secretaria de Estado da Criança e Assuntos da Família, migrem para os jogos os ilegais. 
Felizmente, números não se emocionam e nem mentem. 

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